Casos de conjuntivite aumentam no outono.
O frio, a baixa umidade do ar e a aglomeração em ambientes fechados favorecem a contaminação.
Durante o outono, estação de transição entre meses quentes e frios, em que a umidade do ar é baixa e a temperatura cai, aumenta a incidência da conjuntivite, principalmente as do tipo alérgica e viral. A enfermidade é caracterizada por uma inflamação da membrana que reveste a parte da frente do globo ocular (o “branco dos olhos”) e o interior das pálpebras e pode durar até 15 dias.
A Dra. Giselle de Ávila, do Centro Oftalmológico de Minas Gerais, explica que, nessa época, as pessoas estão mais juntas e ocorrem mais infecções nas vias aéreas, como gripes e resfriados, favorecendo a transmissão da conjuntivite viral, que se dá pelo contato, não pelo ar.
As pessoas também estão mais expostas à conjuntivite alérgica. “As pessoas começam a resgatar cobertores e agasalhos guardados há muito tempo, o que favorece o aparecimento de ácaros”, comenta a Dra. Giselle.
Para prevenir a conjuntivite viral, que é bastante contagiosa, é preciso evitar aglomerações e aumentar o cuidado com a higiene pessoal. No caso da alérgica, a pessoa deve identificar o que desencadeia a reação e evitar contato.
Os sintomas dos dois tipos de conjuntivite mais recorrentes durante o outono, viral e alérgica, são semelhantes. Entre eles, estão o inchaço das pálpebras, lacrimejamento intenso, sensação de areia ou cisco, visão borrada, coceira e secreção mais intensa pela manhã. O olho vermelho é um dos sintomas e não pode ser avaliado isoladamente como indício da doença.
Para prevenir, é preciso tomar alguns cuidados. “O contagio não ocorre pelo ar, e sim pelo contato direto. Objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de contaminação pelo vírus ou da bactéria”, comenta a oftalmologista.
Para o tratamento, é recomendado um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, compressas frias, álcool em gel, lenços de papel descartáveis e toalhas e roupas de cama individuais. “Lavar as mãos com frequência é uma excelente forma de conter a disseminação, alem de não levar as mãos aos olhos. Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social para evitar o contágio da conjuntivite em familiares e amigos”.
Fonte: Retorno Comunicação Centro Oftalmológico de Minas Gerais